Em entrevista coletiva no dia 6 de março, em São Paulo, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, anunciou os ajustes nas Políticas Operacionais que norteiam os seus financiamentos, dando sequência a mudanças anunciadas em janeiro deste ano, quando entrou em vigor a Taxa de Longo Prazo (TLP), que substituiu a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) como taxa básica das operações do Banco.
As mudanças mais notáveis são: o alongamento dos prazos máximos de financiamento, cálculos dos limites de participação atrelados ao investimento total e redução do spread básico. A diminuição dos spreads (que é a taxa por meio da qual o BNDES se remunera) terá foco nos setores prioritários, definidos a partir do processo de Reflexão Estratégica que está em curso no Banco.
Com isso as taxas cobradas pelo banco cairão para 0,9% a.a em projetos nas áreas de segurança pública, inovação, meio ambiente, energia solar, saneamento, tratamento de resíduos sólidos e qualificação profissional. Outra mudança relevante é o alongamento dos limites para estabelecimento de prazos, tanto de carência quanto de amortização, que irá beneficiar, sobretudo, os financiamentos a projetos de infraestrutura.
Além disso, podem chegar a até 24 anos projetos de energias alternativas, portos, aeroportos, exportações e desenvolvimento regional. Para capital de giro, o prazo máximo foi mantido em cinco anos. Já financiamentos a educação, saúde, segurança e telecomunicações, entre outros, têm prazo de até 20 anos.