O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, afirmou durante apresentação do resultado do banco para a imprensa, que a instituição vai pagar o porcentual mínimo exigido de 25% de dividendo ao Tesouro, o que está previsto no balanço e no orçamento. “Não temos alternativa, até porque a Caixa está crescendo”, frisou.Occhi afirmou também que o banco deve entregar este ano resultado semelhante ao recorrente de 2017. O lucro líquido recorrente da Caixa atingiu R$ 8,56 bilhões em 2017.
Ele comentou ainda que o resultado orgânico virá de melhor utilização do capital do banco. O presidente da Caixa afirmou também que não está nos planos do banco a condução de oferta de ações (IPO) da Caixa Seguridade este ano.
Carteira de crédito
O presidente da Caixa Econômica Federal afirmou que o banco pretende manter sua liderança na concessão de crédito, ressaltando que atualmente a participação da instituição nesse mercado é de 22,6%. “Vamos trabalhar para exercitar o melhor uso de capital em nossa carteira”, disse.
Ele mencionou que a Caixa deve registrar aumento leve na carteira habitacional de mercado e manter o crescimento na linha habitacional nos dois fundings, via FGTS e poupança e de mercado. “Em 2017, o habitacional e com recursos do FGTS cresceram bem. Vamos manter esse crescimento em 2018 e ter incremento leve na habitacional de mercado”, comentou.
Na carteira comercial, prosseguiu: “Estamos mantendo os valores da pessoa física e realizando incremento na pessoa jurídica, já estamos trabalhando nisso.”
Occhi frisou ainda que o objetivo da Caixa, de modo geral, é adotar medidas
importantes para manter a rentabilidade e a eficiência, lembrando dos esforços empenhados na recuperação de créditos para as receitas do banco e de ações para que corretores possam vender os imóveis retomados pela Caixa.
Arno Meyer, vice-presidente de Finanças e Controladoria da Caixa Econômica Federal, acrescentou que no orçamento de 2018 e 2019 foi observado o quanto de capital e risco as linhas de credito representam e também o retorno adequado para a alocação de capital. “Não temos metas de crescer participação no mercado em linhas de crédito específico, mas é preciso dar rentabilidade adequada para os negócios do banco. Linhas que têm retorno maior são privilegiadas, dentro de certos critérios”, afirmou.
Ele lembrou que, embora a Caixa tenha função social muito importante, precisa dar lucro.
Bônus perpétuos
A Caixa não abandonou sua perspectiva de emissão de bônus perpétuos no exterior, mas por enquanto não há decisão tomada, de acordo Arno Meyer. “Não está fechada a questão sobre captação de perpétuo, fizemos ‘non deal roadshow’ no ano passado, o mercado tem apetite, mas é uma questão de tempo”, afirmou. “Estamos em constante conversa com o mercado e quando acharmos conveniente faremos, mas não está decidida ainda, embora não esteja descartada”, acrescentou.