A missão atribuída ao engenheiro civil e presidente Fernando Dacal Reis no triênio 2015 – 2017 foi renovada com sua reeleição. Agora, ele garante a continuidade de algumas ações e o início de novos projetos a fim de fortalecer o Conselho junto ao seu profissional, colaborando com o desenvolvimento de Alagoas.
Por meio desta entrevista, Dacal analisa a atual conjuntura e fala sobre os avanços do Crea Alagoas na missão de fiscalizar e resguardar o exercício profissional. Ele também comentou sobre os relacionamentos institucionais; a inserção da instituição no cenário nacional com a Frente Parlamentar Mista de Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional, como também o plano de metas, ações e estratégia “Crea 2020”, que pretende fortalecer todas as profissões ligadas a instituição, resguardando o mercado de trabalho.
Neste ano, além de completar 50 anos de existência, a entidade alagoana foi escolhida para sediar a 75ª edição da Semana Oficial da Engenharia e Agronomia, principal evento da categoria do País.
– Ao assumir o Crea Alagoas em 2015, até o dia de hoje, quais as principais mudanças realizadas?
Assumimos a instituição precisando de mudanças e ações perante a sociedade e aos poderes públicos. Uma das maiores reclamações foi sobre o Conselho agir apenas como um cartório de cobranças de anuidades e ARTs. Precisávamos dar um retorno aos profissionais. Convênios e debates técnicos foram realizados; nos enquadramos na Lei de Responsabilidade Fiscal; modernizamos nossa recepção, a fiscalização e a forma de interagir com o profissional, além também de implantar o sistema online de atendimento.
– Atualmente, como o profissional vê o Crea Alagoas?
Já com algumas ações promovidas, estamos reconquistando a confiança do nosso profissional. A prova disso foi a conquista, pelo segundo ano consecutivo, do prêmio de excelência na gestão, reconhecido pela Fundação Nacional da Qualidade. Temos um canal de comunicação eficaz que, por meio da ouvidoria e o Serviço de Atendimento ao Cidadão, onde recebemos sugestões e buscamos soluções para os problemas.
– Quais ações o Conselho vem realizando para garantir o profissional no mercado de trabalho?
A resolução normativa 008/2015, do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas, que obriga as prefeituras a contratarem profissionais habilitados pelo Crea; a campanha Prefeitura Legal, que valoriza o município e seus gestores em cumprir o piso salarial, e a contratação de uma agência de publicidade para realizar campanhas de valorização profissional, além da melhoria na fiscalização são algumas das iniciativas que vêm colaborando no sentido de resguardar o mercado de trabalho.
– Qual a participação do Crea Alagoas no cenário nacional?
Nos últimos três anos tivemos importante participação no cenário nacional. Alagoas coordena o movimento Engenharia Unida no Nordeste, encabeçado pela Federação Nacional da Engenharia. Também indicamos para o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, o Confea, o deputado Ronaldo Lessa (PDT) para presidir no Congresso Nacional a Frente Parlamentar Mista de Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento. Nossa missão é colaborar com a discussão do desenvolvimento do País.
– Qual a expectativa da engenharia brasileira e, principalmente, alagoana para os próximos anos?
Estamos entrando num período importante. Além das eleições presidenciais, Alagoas vai sediar em agosto a Semana Oficial da Engenharia e Agronomia, a Soea. É o maior evento dos profissionais ligados ao Sistema Confea/Crea. Aproveitaremos para discutir os rumos do Brasil com os candidatos à presidência.
– Depois desses três anos, o que o engenheiro alagoano pode esperar do Crea?
Nosso objetivo é que até 2020 deixemos o Crea consolidado no termo finanças, um conselho superavitário, com a fiscalização mais moderna e participativa nos 102 municípios alagoanos. As sedes próprias em Arapiraca e Palmeira dos Índios são outro objetivo nosso. Tudo isso vamos conseguir unindo as categorias e instituições ligadas à nossa entidade.