Duas pesquisas nacionais divulgadas este ano, uma da Fipe e outra da Abecip, mostram que os preços de imóveis residenciais em Salvador começam a subir pela primeira vez desde a crise de 2014. Agentes do mercado imobiliário acreditam que essa tendência deve se manter, pelo menos, até 2020, quando devem ficar prontas as unidades habitacionais de classe média que foram lançadas no fim de 2017, período em que construtoras e incorporadoras voltaram a se animar com a possibilidade de oferecer novos prédios após a redução do estoque de apartamentos disponíveis na cidade. No fim do ano passado, havia 3.719 por serem comercializados, quase metade do que havia no auge da crise (cerca de 7 mil).
"Haverá um hiato nos próximos anos, até que os lançamentos fiquem prontos e isso vai permitir um aumento nos preços", avalia o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), Carlos Henrique Passos, que acredita na manutenção do ritmo indicado pelas pesquisas. Nos dois levantamentos, a realidade da capital baiana destoa da média nacional.