34563903 854187571453253 5361608022936256512 nO Serviço Social da Indústria (Sesi) agraciou, com o Selo Social ViraVida – 4ª edição, os parceiros de destaque na transformação das vidas de adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social. São empresas, pessoas e instituições que contribuíram com a inclusão produtiva, profissionalização, voluntariado e a qualidade de vida dos alunos do programa. A cerimônia de entrega do Selo foi promovida na manhã desta quinta-feira, 21 de junho, no auditório da Casa da Indústria Napoleão Barbosa.
 
Criado em 2008 pelo Conselho Nacional do Sesi, o programa ViraVida atende adolescentes e jovens de 15 a 22 anos, preparando-os para o mercado do trabalho, oferecendo cursos técnicos profissionalizantes e educação continuada (reforço de Português e Matemática), além de realizar atividades de apoio psicossocial e de empregabilidade, fortalecer os vínculos familiares e encaminhá-los para atendimento médico e odontológico.
 
“Eu tenho um carinho muito especial por esse programa. Ele faz com que as pessoas consigam enxergar uma nova possibilidade, não só da inserção no mercado de trabalho, mas de oportunidade de vida, de buscar um conhecimento novo, de fazer um treinamento profissional e de despertar também aqueles valores que estão nas pessoas e elas não sabem que têm”, disse o 1º secretário da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), industrial Alberto Cabús.
 
Atualmente, o programa tem 80 jovens inseridos no mercado: 55 da turma 2017.2 e 25 da turma 2018.1. Eles são diferenciados. “A gente capacita jovens e adolescentes em parceria com o Senai, Senac, Sebrae e Sesc, realiza um trabalho de desenvolvimento humano e de empregabilidade e, ao final, dos seis meses que eles ficam conosco no ViraVida, aqueles jovens que estão aptos, capacitados e são inseridos como estagiário, jovem aprendiz ou trabalho formal”, explica a coordenadora do ViraVida em Alagoas, Adriana Barreto Gomes, que destacou a importância dos parceiros do Sistema S, da iniciativa privada e do poder público na guinada de vida destes jovens.
 
“A vida virou de verdade. Eu consegui amadurecer em todos os sentidos, fortalecer meus laços familiares, crescer profissionalmente... Eu acredito que, quando você passa pelo ViraVida você não é apenas um jovem que precisa do mercado de trabalho. Você é um jovem diferente, porque você aprende como se vestir, como falar, como se comportar e permanecer no mercado de trabalho”, contou a adolescente Thaynná Andressa, de 16 anos, que fez parte do programa e hoje é escriturária (jovem aprendiz) na Caixa Econômica Federal.
 
Quem contrata alunos percebe como eles são bem preparados e dedicados. “É um engajamento muito forte. Eles têm um compromisso, eles querem sempre estar aprendendo, trazendo novas ideias e isso nos motiva cada vez mais a fazer parte do programa. Já temos alguns contratados, efetivos, e a cada ano a gente vem aumentando a cota dos jovens aprendizes”, afirmou Paulo Sérgio, diretor de Operações da Viação Cidade de Maceió.
 
Desenvolvido em vários estados, o programa é reconhecido nacionalmente e sua tecnologia social já foi apresentada como modelo na Organização das Nações Unidas (ONU), segundo Roberta Nacfur, assessora de Projetos do Conselho Nacional do Sesi.
 
“É uma tecnologia social formidável, inovadora, com reconhecimento nacional e internacional e que já está comprovada a diferença que faz. Ela realmente transforma a vida dos alunos do ViraVida não só porque abre oportunidades e portas, mas porque mostra para eles, relembra para eles que eles são capazes, que eles têm direitos, que eles podem e devem sonhar”, ressaltou.
 
Para muitos jovens, a ação é uma oportunidade de voltar à escola, fazer cursos profissionalizantes e, depois, de serem colocados no mercado de trabalho. Para a empresa ou indústria, uma chance de formar mão de obra qualificada. “O ViraVida busca esse jovem que está à margem do processo, trabalhando com ele questão de comportamento, de autoestima, conhecimento técnico e aí possibilita à empresa que ela receba um jovem qualificado, preparado. Então, é bom para todo mundo”, concluiu.
 
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