Projetos especializados, investimentos em tecnologia, manutenção adequada e maior número de unidades são algumas das alternativas
Quando o custo de vida aumenta a saída é economizar da forma que der. Fazendo um verdadeiro malabarismo com as contas, os brasileiros têm sido, cada vez mais, provocados a utilizarem a criatividade para fazer economia em suas residências, e esta regra se aplica, também, à gestão de condomínios, sejam eles residenciais ou comerciais.
Diante de um mercado competitivo, a possibilidade de implantar no empreendimento imobiliário um projeto que, além de levar economia ao condomínio e condôminos, ainda preze pela sustentabilidade ambiental, tem chamado atenção de muitas construtoras. É que a equação é simples: quanto maior o investimento em tecnologias que barateiem o condomínio, menor o custo da gestão e isso se reflete, diretamente, no interesse da clientela.
Para o diretor da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas (Ademi-AL), Wagner Andrade, o segredo está na combinação de três elementos: projeto especializado, feito por profissionais capacitados, tecnologia, manutenção apropriada e aumentar a quantidade de unidades de cada empreendimento.
“É de suma importância que o projeto seja feito sob o olhar de quem vai administrar o condomínio, para, por exemplo, eliminar espaços que seriam inutilizados e otimizar o ambiente. Além disto, é preciso pensar na implantação de um sistema sustentável de iluminação, ventilação e distribuição de água, sempre diante da perspectiva de profissionais qualificados para isto”, esclareceu o diretor, que ainda deixou dicas sobre o que observar, na hora de comprar um imóvel. Confira algumas delas:
Observar se os espaços comuns tem iluminação de LED;
Observar se os espaços comuns tem sensores de iluminação;
Observar se os circuitos de energia dos espaços comuns são independentes, evitando, assim, o desperdício;
Observar a qualidade das lâmpadas;
Adotar um sistema híbrido para aquecimento de água;
Optar por apartamentos com sistema de ventilação e iluminação naturais;
Andrade ainda destacou a importância de aliar a tecnologia ao consumo consciente. “Reaproveitamento da água para sistemas de irrigação, instalar economizadores de água e eliminadores de ar e nas entradas de água do empreendimento, são medidas que ajudam a racionar água. Além disto, implantar porteiros virtuais e sistemas controladores de consumo, para coibir perdas e vazamentos, são alternativas que a tecnologia nos oferece para eliminarmos custos”, destacou.
O diretor da Ademi-AL ressaltou, ainda, a importância de fazer com que as pessoas pensem em seu imóvel como um bem que, por si só, com o passar do tempo, se valoriza. “As pessoas precisam entender que, diferente de um carro o imóvel tende a se valorizar, com o passar dos anos. Então elas precisam começar a pensar em tudo o que este bem possa oferecer na hora de adquiri-lo”, disse.
Importando experiências de outros estados, Wagner Andrade ainda pontuou: quanto maior o número de condôminos, menor o valor do condomínio. “É preciso que invistamos em empreendimentos com maior número de unidades, como ocorre em outros estados. Esta é uma das maneiras de se baratear do valor da prestação e chamar, ainda mais, a atenção dos clientes”, concluiu.
Os alagoanos terão a oportunidade de encontrar empreendimentos imobiliários com iniciativas de sustentabilidade durante o Salão do Imóvel Ademi 2018, que será realizado em agosto do corrente ano, no Centro de Convenções. Na ocasião, palestras e workshops também serão realizados, com o intuito de situar os presentes no atual cenário imobiliário do país.