Houve o consenso da necessidade de reforçar a segurança nos pontos de protesto a fim de que caminhões com itens essenciais possam trafegar com a passagem assegurada e o abastecimento dos postos licitados pelas prefeituras, de modo que os serviços públicos não precisem mais ser interrompidos.
Para o procurador-geral de justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, o mais importante é garantir o abastecimento dos postos de combustíveis no Estado para que serviços essenciais, como saúde e educação, possam ser executados pelas prefeituras, e para que a população não fique desabastecida, principalmente, no que se refere a alimentos e medicamentos.
Após compartilhar as dificuldades de cada setor, ficou definido que a PRF e a Polícia Militar vão reforçar equipes em todos os pontos de bloqueios, de modo que caminhões que estejam transportando combustível, alimentos, ração animal, medicamentos e insumos hospitalares possam ter passagem prioritária.
O Sindicombustíveis deve orientar os postos a dar prioridade de abastecimento para os estabelecimentos que venceram licitação nas prefeituras com a intenção de evitar que os municípios não tenham seus principais serviços públicos afetados. O sindicato fará ainda um trabalho educativo junto aos empresários do segmento para que não majorem o preço da gasolina, do etanol e do diesel nas bombas.
O Gabinete Civil fará uma gestão, junto ao governador Renan Filho e a Secretaria de Estado da Agricultura, a fim de que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) possa liberar, em Alagoas, parte do seu estoque de ração para ser distribuída nas granjas e fazendas.
O presidente da Federação do Comércio do Estado de Alagoas, Wilton Malta, informou, em primeira mão, um levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) que aponta perdas no comércio em torno de R$ 3 bilhões. Os cálculos levaram em conta as quedas nas vendas de combustíveis e lubrificantes e de hiper e supermercados no Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. Esses estados e o Distrito Federal correspondem, juntos, a 56% da receita dos segmentos mencionados, em nível nacional.
Além de Malta, participaram da reunião no MPE os presidentes do Sincadeal, Sindilojas União, Sirecom, Fiea, Faeal, ASA, Associação Comercial de Maceió, Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Alagoas, Associação dos Criadores de Alagoas, Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros. E representantes do Procon, Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/AL), Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Exército, Gabinete Civil Estadual e das Distribuidoras Shell, BR e Ipiranga, entre outros. E os procuradores de justiça Geraldo Magela e Luiz Medeiros; os promotores de justiça Jorge Dórea, Edelzito Andrade e Delfino Costa Neto.
Fonte: Ascom Fecomércio com Ascom MPE/AL - http://www.fecomercio-al.com.br/2018/05/mpe-reune-setor-produtivo-alagoano/