
Outra pesquisa, esta realizada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), aponta para a explícita recuperação do setor em relação a 2016. Houve crescimento em lançamentos residenciais verticais em 5,2% e em vendas de 9,4 % em relação ao ano anterior. Segundo a Cbic, este resultado foi influenciado pelo último trimestre do ano e pela melhora da economia, com a queda da taxa de juros, da inflação e pequena recuperação do PIB.
Ao levar em conta apenas o primeiro mês de 2018, os resultados da Abrainc indicam o lançamento de 3.414 unidades, sendo 22,1% de médio e alto padrão e 76,8% do programa Minha casa, minha vida. As vendas também aumentaram em janeiro, 8.412 unidades foram comercializadas, número maior que a média mensal registrada no primeiro trimestre de 2017, que foi de 7.616 imóveis. Segundo alguns especialistas, os índices poderiam ser melhores caso houvessem alguns marcos regulatórios sobre assuntos como o distrato e a desistência da compra do imóvel, que dificultam a efetivação de diversos negócios.
O problema com o distrato e desistências ficou claro nos últimos anos com o agravamento da crise econômica, diversos compradores devolveram imóveis comprados na planta e causaram problemas para as construtoras e incorporadoras. Com a alta taxa de devolução, muitas empresas não tinham como arcar com a devolução da entrada para os compradores e tiveram que fechar as portas. Apenas nos últimos 12 meses, de acordo com informações da Abrainc, foram registrados 34,1 mil distratos, o correspondente a 30,7% das vendas de imóveis novos no mesmo período.
Quando analisado somente o segmento de imóveis de médio e alto padrão, o percentual é bem maior atingindo os 42,3%. Nos imóveis vinculados ao programa Minha casa, minha vida, as devoluções foram menores, apenas 16,8% das unidades vendidas. Para diminuir estes problemas, o governo tem trabalhado, junto com construtoras, incorporadoras e representantes de consumidores, para chegar a uma proposta que atenda a todos envolvidos.
De acordo com a CredMov , empresa especialista em financiamentos, com a redução da Selic e o anúncio da Caixa sobre uma redução de juros nos financiamentos de imóveis, o mercado imobiliário se recuperará ainda mais rápido. “Com a redução de juros, os financiamentos se tornam mais acessíveis e as pessoas resolvem investir e realizar o sonho de ter a casa própria ou até adquirir um novo imóvel”, explica.
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