1504561507 75759Acompanhando a alta demonstrada nos últimos meses de 2017, o mercado imobiliário seguiu crescendo no primeiro trimestre de 2018. De acordo com estudo da Fipe, baseado em dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), os números de unidades residenciais lançadas e vendidas entre os meses de janeiro de 2017 e janeiro de 2018 registraram alta de 22,2% e 12%, respectivamente. Essa porcentagem significa o lançamento de 82.902 unidades no mercado imobiliário brasileiro, enquanto as vendas de imóveis novos atingiram a marca de 105.297 exemplares.
 
Outra pesquisa, esta realizada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), aponta para a explícita recuperação do setor em relação a 2016. Houve crescimento em lançamentos residenciais verticais em 5,2% e em vendas de 9,4 % em relação ao ano anterior. Segundo a Cbic, este resultado foi influenciado pelo último trimestre do ano e pela melhora da economia, com a queda da taxa de juros, da inflação e pequena recuperação do PIB.
 
Ao levar em conta apenas o primeiro mês de 2018, os resultados da Abrainc indicam o lançamento de 3.414 unidades, sendo 22,1% de médio e alto padrão e 76,8% do programa Minha casa, minha vida. As vendas também aumentaram em janeiro, 8.412 unidades foram comercializadas, número maior que a média mensal registrada no primeiro trimestre de 2017, que foi de 7.616 imóveis. Segundo alguns especialistas, os índices poderiam ser melhores caso houvessem alguns marcos regulatórios sobre assuntos como o distrato e a desistência da compra do imóvel, que dificultam a efetivação de diversos negócios.
 
O problema com o distrato e desistências ficou claro nos últimos anos com o agravamento da crise econômica, diversos compradores devolveram imóveis comprados na planta e causaram problemas para as construtoras e incorporadoras. Com a alta taxa de devolução, muitas empresas não tinham como arcar com a devolução da entrada para os compradores e tiveram que fechar as portas. Apenas nos últimos 12 meses, de acordo com informações da Abrainc, foram registrados 34,1 mil distratos, o correspondente a 30,7% das vendas de imóveis novos no mesmo período. 
 
Quando analisado somente o segmento de imóveis de médio e alto padrão, o percentual é bem maior atingindo os 42,3%. Nos imóveis vinculados ao programa Minha casa, minha vida, as devoluções foram menores, apenas 16,8% das unidades vendidas. Para diminuir estes problemas, o governo tem trabalhado, junto com construtoras, incorporadoras e representantes de consumidores, para chegar a uma proposta que atenda a todos envolvidos.
 
De acordo com a CredMov , empresa especialista em financiamentos, com a redução da Selic e o anúncio da Caixa sobre uma redução de juros nos financiamentos de imóveis, o mercado imobiliário se recuperará ainda mais rápido. “Com a redução de juros, os financiamentos se tornam mais acessíveis e as pessoas resolvem investir e realizar o sonho de ter a casa própria ou até adquirir um novo imóvel”, explica.
 
 
 
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