A confiança do empresário do Comércio cresceu 0,52% em março, conforme a pesquisa do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) de Maceió, realizada pelo Instituto Fecomércio AL em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Comparado a março de 2017, a elevação foi de 16,43%.
O otimismo também pode ser percebido por meio da última pesquisa sobre as vendas do Comércio, divulgada em janeiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas ao longo de 2017 foram 7,1% maiores que do que as registradas em 2016. Além disso, os indicadores sobre as vendas da Páscoa apontavam vendas 5% maiores do que os dois últimos anos.
Na análise do assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha, diversos fatores contribuíram para o aumento da confiança, como o próprio aumento das vendas, a redução dos juros para o varejo e a estabilidade da inflação. “Fato perceptível é que todos os corredores de ovos de chocolate ficaram completamente vazios antes do domingo Pascal na capital. As vendas e o timing de promoções foram melhores do que nos últimos anos. Exatamente por isso, a confiança do empresário do Comércio continua a crescer”, observa.
No cenário geral da economia, em 12 meses a taxa SELIC caiu 5,75 pontos percentuais (p.p.), saindo de 12,25% para 6,5%. Os juros do Comércio, que eram 98,50%, caíram para 88,83%; uma redução de 9,67 p.p., também no período de 12 meses, mesmo tempo em que o varejo eletroeletrônico registrou queda de 10,71 p.p. (de 97,61% para 86,90%). “Essa redução contínua nos juros para parcelamento tem ajudado a destravar o setor, já que 60% das vendas são feitas por meio do cartão de crédito”, avalia o especialista.
Ainda de acordo com a pesquisa do Instituto Fecomércio, o índice de condições atuais do comércio teve elevação de 0,77% para curto prazo, sinalizando que para o mês de março os empresários estavam mais confiantes sobre as condições da economia, do Comércio e da sua empresa, em termos de faturamento.
Em médio prazo, a confiança subiu de 1,4% em relação a fevereiro, no tocante à contínua melhora da economia, do Comércio e do faturamento das empresas do setor, em geral. Apesar disso, os empresários da capital sinalizaram redução dos investimentos em março. “Isso porque os investimentos para a Páscoa ocorrem, geralmente, um mês antes. Assim, ao longo do mês não há muito mais investimentos a serem realizados, apenas a contratação de temporários para equilibrar a alta da demanda por produtos em suas lojas”, explica Felippe, acrescentando que, como consequência, o índice de investimentos dos empresários do setor caiu 1,14% março, mas o indicador de contratação de funcionários tenha se elevado 2,8% no período.
Relatório completo no site do Instituto Fecomércio AL.