Na tentativa de emplacar uma agenda positiva, em meio às dificuldades em aprovar no Congresso as medidas de ajuste fiscal, fundamentais para o equilíbrio das contas públicas em 2018, o governo lancou na última quinta-feira (09/11) o Avançar.
Com o slogan "Agora é Avançar", o programa vai prever um desembolso superior a R$ 100 bilhões em 7.500 obras que estão paralisadas em todo o país, durante o ano eleitoral. Serão contemplados os setores de infraestrutura (rodovias, portos, aeroportos, hidrovias, ferrovias), habitação, saneamento, energia e as áreas de saúde e educação.
O programa foi desenhado no primeiro semestre, mas ficou engavetado durante a votação das denúncias contra o presidente Michel Temer no Congresso. O aperto orçamentário também adiou o lançamento do Avançar. MUITOS PROJETOS JÁ ESTAVAM NO PAC Inicialmente, o programa teria R$ 58 bilhões do orçamento da União. Na nova versão, foram incluídos recursos do FGTS e das estatais. São várias categorias, como "Avançar Cidades" e "Avançar Energia".
O programa foi lançado com pompa no Palácio do Planalto. Na cerimônia, o governo destacou que as obras serão concluídas até dezembro de 2018 "com custo definido, data para começar e para acabar". À frente do Avançar ficará o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco, que responde pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Apesar da tentativa do governo de lançar um programa novo, muitas obras estavam contidas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - que começou no governo Lula e continuou na gestão de Dilma Rousseff - e foram paralisadas. No Rio, serão contemplados a BR-493, que integra o Arco Metropolitano, incluindo a duplicação do trecho Manilha-Santa Guilhermina.
Fonte: O Globo