O LEVANTAMENTO APONTA QUE A NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO HABITACIONAL, ATÉ 2027, CHEGA A R$ 240,7 BILHÕES EM UM CENÁRIO BASE
A Fundação Getulio Vargas (FGV) projeta em 9,049 milhões de moradias a necessidade de novos domicílios até 2027, conforme estudo realizado em conjunto com a Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).
Se forem incluídas as moradias necessárias para a redução do déficit, o número estimado até 2027 chega a 11,982 milhões. A diminuição da defasagem projetada considera eliminar os domicílios precários e o adensamento excessivo e reduzir a coabitação total pela metade.
O levantamento aponta que a necessidade de financiamento habitacional, até 2027, chega a R$ 240,7 bilhões em um cenário base. Desse total, R$ 18,7 bilhões se referem a subsídios; R$ 72 bilhões, ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); R$ 136,3 bilhões, a recursos de mercado; e R$ 13,6 bilhões à poupança própria.
A FGV projetou um cenário pior, em que são produzidas menos moradias, no qual a necessidade de financiamento é de R$ 154,2 bilhões. Já em um quadro melhor, o total de recursos necessários chega a R$ 318,8 bilhões.
Considerando o cenário base, a projeção de hiato de recursos até 2027, ou seja, da estimativa da diferença entre a oferta estimada e a necessidade, é de R$ 22 bilhões.
No ano passado, o Brasil tinha 73,027 milhões de famílias e 69,935 milhões de domicílios. A partir da projeção de taxa média de crescimento de 1,2% ao ano, foi considerada a formação de 9,564 milhões de famílias até 2027.