Os planos do governo de privatizar a Eletrobras podem resultar na criação de até duas agências públicas e uma nova estatal para administrar ativos e programas antes sob responsabilidade da elétrica federal, a depender de propostas do Ministério de Minas e Energia e do relator do processo sobre a desestatização na Câmara dos Deputados.
O secretário de Planejamento do Ministério de Minas e Energia, Eduardo Azevedo, disse à Reuters nesta segunda-feira que estão em estudo no governo a criação de uma estatal para administrar hidrelétricas binacionais como Itaipu e as usinas nucleares brasileiras, além de uma agência para assumir a responsabilidade de um programa federal de eficiência energética hoje gerido pela Eletrobras, o Procel.
Seria criada a Agência Brasileira de Desenvolvimento Energético (ABDE) para assumir ainda outras obrigações além do Procel, como a gestão de recursos que elétricas precisam obrigatoriamente destinar a programas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e o Conpet, um programa de racionalização do uso de derivados de petróleo e gás natural hoje executado pelo governo com apoio da Petrobras.