IMG 1845 1024x576Técnicos isentam Braskem e avaliam deslocamento de terra como principal fator
 
Visando entender as causas dos tremores sentidos na capital alagoana no último sábado – dia 3 de março -, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea-AL) convidou especialistas para participar do evento realizado ontem, dia 8. Com o tema “Tremores de Terra em Maceió”,  os debatedores chegaram a conclusão da necessidade de maiores investimentos para o desenvolvimento de estudos sobre o recente fenômeno.
 
Aberto a toda sociedade e aos órgãos públicos o evento começou com a geóloga Rochana de Andrade fazendo um levantamento de dados sobre o histórico de estudos já realizados a respeito, dando passagem ao geólogo Ricardo Queiroz que falou sobre os arcabouços estruturais, onde abriu a hipótese da movimentação de terra em função do acúmulo de água na superfície na região do Pinheiro, principal bairro afetado.
 
O engenheiro de minas Paulo Cabral falou em seguida sobre os aspectos técnicos e ambientais da extração de solução subterrânea, trazendo à tona o debate sobre o envolvimento da Braskem no ocorrido. Categoricamente rebatida, a hipótese foi revisitada durante todo o evento, sendo seguidamente reprovada pelos demais especialistas.
 
“Não há qualquer fissura no entorno dos poços abertos pela Braskem para extração do sal-gema. Qualquer evento dessa natureza seria sentido na linha férrea, por exemplo”, destacou Cabral.
 
Representando a Braskem, o gerente de Marketing Milton Pradines afirmou que a empresa está à disposição para contribuir com os demais estudos, afim de contribuir ativamente na resolução do caso.
 
Em rápida explicação, o experiente geólogo Abel Tenório tratou sobre os poços e águas subterrâneas, e como elas influenciam na movimentação de terra sob a superfície. Encerrando o ciclo de apresentações, o também geólogo Abel Galindo Marques trouxe uma investigação mais aprofundada sobre as fissuras, rachaduras e tremores de terra no Pinheiro e adjacências.
Ao fim das palestras, formou-se a bancada onde os especialistas convidados mais o presidente do Clube de Engenharia de Alagoas, Aloísio Ferreira, e o presidente do Crea-AL, Fernando Dacal, abriram o debate e deram voz aos participantes que estavam presentes no evento.
 
A discussão acabou norteando que é necessário maiores investimentos no estudo do solo em Maceió, principalmente na região do Pinheiro, a mais afetada pelos tremores. O presidente Fernando Dacal destacou a importância de cobrar ao poder executivo movimentação para garantir verbas para se aprofundar no caso e poupar maiores prejuízos à população.
 
Representando a comunidade, os vereadores Silvio Camelo e Chico Filho parabenizaram a iniciativa do Conselho e destacaram a importância de uma maior atenção do Governo do Estado e da Prefeitura nestas questões.
 
“Tem que bancar esse custo, trazer técnicos gabaritados para se juntar aos técnicos que temos aqui para que possamos ter no mínimo algumas respostas. Não podemos deixar cair no esquecimento”, disse Camelo.
 
Dada a oportunidade, o parlamentar também convidou a todos para a sessão aberta que ocorrerá na Câmara Municipal na próxima segunda-feira (12), às 9h, onde levará estes questionamentos para a esfera política em busca de maiores ações por parte dos gestores públicos.
 
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