bksssIbovespa chegou a subir mais de 3% na abertura, mas não sustentou os ganhos e passou a cair durante a tarde
 
Após abrir com alta de mais de 3%, o Ibovespa passou a perder força e virou para queda na tarde desta segunda-feira (29/10) repercutindo a vitória de Jair Bolsonaro (PSL). Este movimento não chega a ser uma surpresa, já que o mercado passou por um forte rali nas últimas semanas, já precificando a vitória dele e com a alta desta manhã surgiu uma boa oportunidade para realização destes lucros recentes.
 
Às 13h41 (horário de Brasília), o Ibovespa caía 0,92%, aos 84.932 pontos, após chegar na máxima de 88.377 pontos. O contrato de dólar futuro com vencimento em novembro tinha alta de 1,36%, cotado a R$ 3,693 e o dólar comercial subia 1,20%, a R$ 3,6985 na venda.
 
Para piorar, os índices nos Estados Unidos também perderam força, o que pressiona a bolsa brasileira. Em Wall Street, o índice Nasdaq recuava 0,64% no mesmo horário, o que tirou o ânimo dos outros índices, com o Dos Jones subindo apenas 0,33% e o S&P 500 avançando 0,47%.
 
O forte otimismo na abertura levou o Ibovespa a bater o recorde intraday logo na abertura ao superar os 88.318 pontos, máxima histórica alcançada em 26 de fevereiro. Mas o movimento não durou muito tempo.
 
Para Bruno Marques, gestor da XP, a vitória de Bolsonaro já estava bastante precificada pelo mercado doméstico e destacou que o Ibovespa teve uma performance bem acima das bolsas globais nas últimas semanas, o que também justifica uma alta mais tímida do que na abertura. 
 
Com o fim das eleições, Marques explica que o mercado deve acompanhar com atenção o anúncio da equipe de governo de Bolsonaro e o encaminhamento de pautas como a reforma da previdência, o que pode reforçar o tom otimista dos negócios daqui para frente. 
 
Segundo os analistas ouvidos pelo InfoMoney ainda no domingo de eleição, a bolsa neste momento é o melhor ativo do Brasil, com potencial para o Ibovespa subir 45,8% sobre o nível atual, atingindo 125 mil pontos até o final de 2019 caso as reformas avancem no Congresso.
 
No cenário-base da XP, a bolsa brasileira deve ficar entre 105 e 115 mil pontos. "Nossa equipe política vê espaço para Bolsonaro unir uma frente de apoio dentro do Congresso, o que possibilitaria o progresso nas tão necessárias reformas. No entanto, priorização é fundamental", avalia o time da XP Research. 
 
No exterior, os índices dos Estados Unidos sobem 1%, se recuperando das perdas na semana passada e a despeito das preocupações com o crescimento das economias globais e o desempenho das empresas no trimestre passado.
 
O preço do petróleo recua diante de investidores cautelosos com a desaceleração nas demanda. Há tensão ainda com as sanções que serão impostas pelos Estados Unidos ao Irã a partir de 4 de novembro.
 
Noticiário político
 
Após o resultado das urnas, Jair Bolsonaro (PSL) citou Deus, fez uma oração em sua primeira aparição pública e prometeu um governo "constitucional e democrático". Ele também buscou um tom mais conciliador e ameno do que vinha adotando em suas campanhas eleitorais.
 
Sinalizando para empresários, Bolsonaro prometeu enxugar os gastos públicos e cortar privilégio. Bolsonaro também disse que fará mudanças na política externa brasileira, alegando que "libertará o Itamaraty do viés ideológico".
 
A definição da composição de ministérios de Bolsonaro deverá se acelerar nos próximos dias, mas os primeiros nomes já foram confirmados por ele. No poderoso ministério da Fazenda, que poderá ser renomeado para Economia, figura desde o início o economista Paulo Guedes. Para a estratégica Casa Civil, foi escolhido o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS). E para o Ministério da Defesa, a escolha recaiu sobre o general reformado Augusto Heleno.
 
Na pasta de Ciência e Tecnologia, o astronauta brasileiro Marcos Pontes, que é tenente-coronel da Aeronáutica, também foi confirmado por Bolsonaro e ele próprio admitiu que aceitaria a missão.
 
Paulo Guedes garantiu que a prioridade de sua pasta será a retomada do crescimento com o controle dos gastos públicos e a segurança jurídica para atrair investimentos privados e reverter o cenário de desemprego. Guedes afirmou que vai construir um marco regulatório para os investimentos em infraestrutura. Segundo ele, o alto custo no Brasil é resultado da falta de segurança jurídica.
 
Ao lamentar os resultados que atribuiu ao atual modelo econômico adotado no país, ele citou o endividamento “em bola de neve”, a estagnação do crescimento e os 13 milhões de desempregados atualmente no Brasil.
 
No rol das medidas a serem adotadas, ele ainda elencou a reforma da Previdência e as privatizações como forma de redução da despesa com juros. O provável ministro da economia de Bolsonaro também prometeu reduzir privilégios e benefícios e simplificar e reduzir impostos e encargos trabalhistas.
 
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